O que se via ao horizonte
era apenas um vale, seguido de um campo que anteriormente era cheio de vida e
cores, cheiros e sensações diversificadas, e que nos dias de hoje se estendia
apenas a terra pisoteada e socada, devido aos cavalos ágeis e pesados, seres
gigantescos e mitológicos, armas gigantescas e toscas de madeira e pedra, que
eram puxadas por servos oprimidos, isso daria inicio à guerra por reinos,
terras e tesouros perdidos.
Os homens dominaram por um
longo período de tempo a maioria das terras exploradas, escravizavam seres mais
primitivos e desprovidos de quaisquer inteligências, os obrigavam a
ensinar-lhes às artes e armas de seus povos, movimentos rápidos e bruscos,
misturados com golpes certeiros e mortais, capazes de matar com precisão e
silêncio. Línguas mortas ainda eram faladas entre escravos, rituais macabros e
sacrifícios insanos ainda eram feitos sobre a luz prateada da lua.
Além dos homens, havia
também seres imortais e puros, corrompidos apenas pela ganância, que se
transformara em objetos de guerra descartáveis para os primeiros que os
encontrasse escondidos e afugentados por entre montanhas e vales obscuros, que
emitiam energias do mal.
Com a dominação dos homens
sobre tudo e todos, seres puros da floresta, se negavam a ceder e a se enfiar
em qualquer brecha que tinha haver com isso. Criaturas não estudadas se
rebelavam contra a ganância e arrogância dos homens, se infiltrando cada vez
mais em seus territórios e marchando em sua direção com a sede de sangue.